LIÇÃO 12 - O MUNDO VINDOURO
TEXTO ÁUREO
"E vi um novo céu e uma
nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já
não existe." (Ap 21.1)
VERDADE PRÁTICA
Cremos no Juízo Final, no
qual serão julgados os que fizerem parte da Última Ressurreição; e cremos na
vida eterna para os fiéis.
Apocalipse 21.1-5
1 - E vi um novo céu e uma
nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já
não existe.
2 - E eu, João, vi a Santa
Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa
ataviada para o seu marido.
3 - E ouvi uma grande voz do
céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles
habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu
Deus.
4 - E Deus limpará de seus
olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor,
porque já as primeiras coisas são passadas.
5 - E o que estava assentado
sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve,
porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.
INTRODUÇÃO
O mundo vindouro abordado na
presente lição pretende mostrar o que virá depois do Juízo Final, o novo céu e
a nova terra, a nova Jerusalém, o lar dos santos na eternidade e por toda a
eternidade. Trata-se definitivamente do epílogo da história humana. Mas haverá
alguns eventos que precederão o mundo vindouro, como o Reino de Cristo de mil
anos, o Juízo Final e a ressurreição de todos os incrédulos, bem como o seu destino
final.
I - SOBRE O MILÊNIO
1.
Descrição. O milênio é o reino de Cristo de mil anos. Nesse
período, Satanás será aprisionado no abismo instalado por ocasião da vinda de
Cristo em glória (Ap 20.2,3).
Isso significa que a ação destruidora de Satanás na terra será neutralizada,
iniciando-se assim uma nova ordem de coisas. É a tão almejada paz universal,
pois nesse reino haverá perfeita paz, retidão e justiça entre os seres humanos
e também harmonia no reino animal (Is 9.7; 11.5-9). A
longevidade das pessoas, a garantia do sucesso no trabalho e a resposta
imediata às orações são algumas das características do reino do Messias (Is 65.20-25). A sede de seu governo será Jerusalém:
"[...] porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do
SENHOR" (Is 2.3). O Senhor Jesus se assentará sobre o
trono de Davi, e de Jerusalém reinará sobre toda humanidade. Esse reino, que
trará salvação aos judeus, é a conclusão do programa divino sobre o povo de
Israel (Is 59.20; Rm
11.26).
2.
Sobre a ressurreição dos mortos. A Bíblia ensina que os
justos e os injustos serão ressuscitados (Dn 12.2; Jo
5.29;
At 24.25). Mas em Apocalipse
ficamos sabendo que há um intervalo de mil anos entre essas ressurreições. A
primeira ressurreição é a dos justos, e a outra é a última ressurreição:
"Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta
é a primeira ressurreição" (Ap 20.5). São partes da
primeira ressurreição os santos provenientes da Era da Igreja e os do Antigo
Testamento, juntamente com os mártires da Grande Tribulação (Ap
6.9-11; 20.4). Convém salientar
que a ressurreição divide-se em duas fases. Por ocasião do arrebatamento da
Igreja (1 Co 15.52; 1 Ts 4.16; Ap
20.6),
serão ressuscitados os súditos do Rei dos reis. Quanto à ressurreição dos
injustos, também conhecida como Ressurreição Universal ou ainda Última
Ressurreição, envolverá todos os descrentes desde o princípio do mundo até
aquele dia.
SÍNTESE DO TÓPICO I
Milênio: um tempo em que o
Senhor Jesus reinará sobre toda a humanidade.
II - SOBRE O JUÍZO FINAL
1.
Descrição. É conhecido como o Juízo do Grande Trono Branco:
"E vi um grande trono branco" (Ap 20.11). Aqui
serão julgados "os outros mortos", aqueles que não fizeram parte da
primeira ressurreição (Ap 20.5). Isso mostra que ficam de
fora os crentes da primeira ressurreição, pois eles já fazem parte do reino de
Cristo e estão com o corpo glorificado (Ap 20.4). Deus
instaurará esse juízo após a última rebelião de Satanás, que acontecerá depois
dos mil anos do reinado de Cristo (Ap 20.7). Deus
executará esse juízo por meio de Jesus Cristo: "o Pai a ninguém julga, mas
deu ao Filho todo o juízo" (Jo 5.22).
2.
O julgamento. Não há menção de vivos no Juízo Final:
"E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e
abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos
foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas
obras" (Ap 20.12). Os "grandes e
pequenos" não se referem à idade, adultos e crianças, mas a status,
pessoas de todas as classes sociais. Todos eles serão julgados com base nas
obras registradas nesses livros. O resultado desse julgamento é a condenação
eterna: "E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado
no lago de fogo" (Ap 20.15). Não existe aqui lugar
para o sono da alma, nem para uma segunda oportunidade, muito menos para o
aniquilamento.
3.
Destino dos ímpios. É o inferno, descrito aqui como "lago
de fogo" ou "ardente lago de fogo e enxofre" (Ap
19.20). Esse lugar foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41), e não para os seres humanos, mas será o destino
final dos perdidos por causa da sua incredulidade e desobediência, pois a
vontade de Deus é que ninguém se perca, mas que todos sejam salvos (1
Tm 2.4).
a) Hades. A
Septuaginta emprega esse termo para traduzir o hebraico sheol, no Antigo
Testamento, que significa o "mundo invisível dos mortos" (Sl 89.48). Ambos os termos se traduzem, às vezes, por
"inferno" na Almeida Revista e Corrigida (Sl 9.17;
Mt 16.18). O lugar serve como
estágio intermediário dos mortos sem Cristo, uma prisão temporária até que
venha o Dia do Juízo (Ap 20.13,14).
Os condenados que partiram desde o início do mundo permanecem lá, conscientes e
em tormentos, sabendo perfeitamente porque estão nesse lugar (Lc
16.23,24).
b) Geena. O
mundo judaico contemporâneo de Jesus cria que a Geena era o lugar no qual os
ímpios receberiam como castigo o sofrimento eterno. O termo, traduzido por
"inferno", foi usado pelo Senhor Jesus nos evangelhos:
"Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do
inferno?" (Mt 23.33), e indica o lago de fogo
apocalíptico.
SÍNTESE DO TÓPICO II
O Juízo Final é o evento que
sacramentará o destino dos ímpios.
III - SOBRE A NOVA CRIAÇÃO
1.
Um novo céu e uma nova terra. O quadro descrito no texto
da Leitura Bíblica em Classe diz respeito à nova criação, ou seja, não se
trata, pois, de uma renovação ou de alguma restauração, mas de tudo ser novo:
"Eis que faço novas todas as coisas" (v.5);
"Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança
das coisas passadas, nem mais se recordarão" (Is 65.17).
Essa promessa reaparece no Novo Testamento (2 Pe 3.13). O velho mundo vai
desaparecer (Is 34.4; 51.6; 2
Pe 3.7,10,12) por causa da sua contaminação; os céus
e a terra não poderão resistir à santidade e à glória de Deus: "E vi um
grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu
a terra e o céu, e não se achou lugar para eles" (Ap
20.11). Essa palavra profética é reiterada mais adiante: "Porque já o
primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe" (v.1). O
universo físico não se susterá diante da pureza, santidade e glória daquele que
está assentado sobre o trono.
2.
A nova Jerusalém. Antes de tudo, convém ressaltar que a nova
Jerusalém "que de Deus descia do céu" (v.2)
não é a mesma Jerusalém do Milênio. Isso é de fácil compreensão. Aqui já
estamos no período pós-milênio. A descrição da cidade mostra com abundância de
detalhes que a sua glória excede em muito ao da Jerusalém milenial (Ap 21.9-21). O templo dela é Deus e o Cordeiro (v.22); a
cidade não necessita de sol nem de lua (v.23), e
nela não haverá noite (v.25).
Nós veremos o rosto de Deus e do Cordeiro (Ap 22.4), e a
glória de Deus e de Cristo nos alumiará para sempre (Ap 22.5).
A nova Jerusalém é chamada ainda de "a Jerusalém que é de cima" (Gl 4.26) e a "Jerusalém celestial" (Hb 12.22).
3.
A eternidade dos salvos. A nova Jerusalém é o eterno lar de
todos os salvos em Cristo. O próprio Deus estará continuamente entre os
humanos: "Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles
habitará" (v.3), e
Deus mesmo limpará de nossos olhos toda a lágrima (v.4). Ali não haverá morte,
que é o último inimigo a ser derrotado (1 Co
15.26,54). O
pecado será banido para sempre, e ali nunca mais haverá maldição contra alguém
(Ap 22.3). É a nossa eterna bem-aventurança. Aqui está o
final glorioso da jornada da Igreja.
SÍNTESE DO TÓPICO III
Novos céus e nova terra será
uma nova realidade implantada por Deus.
CONCLUSÃO
Nós cremos que, assim como
todas as profecias sobre a primeira vinda do Messias se cumpriram, de igual
modo todas as profecias sobre o mundo vindouro se cumprirão também, pois Deus é
fiel.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. A RAZÃO DA NOSSA FÉ, Assim cremos, assim vivemos. Lição 12 – O
mundo vindouro. I – Sobre o milênio. 1. Descrição. 2. Sobre a ressurreição dos
mortos. II – Sobre o juízo final. 1. Descrição.
2. O julgamento. 3. Destino dos ímpios. A) Hades. B) Geena. III – Sobre a nova
criação. 1. Um novo céu e uma nova terra. 2. A nova Jerusalém. 3. A eternidade
dos salvos. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2017.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 –
981264038 (Tim), pregação e ensino.
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