LIÇÃO
06 - O IMPIEDOSO MUNDO DE LAMEQUE
TEXTO
ÁUREO
"E viu o Senhor que a maldade do homem se
multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração
era só má continuamente." (Gn 6.5)
VERDADE
PRÁTICA
O mundo de Lameque em nada diferia do
nosso; resistindo à graça de Deus, entregaram-se à devassidão, à violência e à
resistência ao Espírito Santo.
INTRODUÇÃO
O exemplo de Caim não demorou a
generalizar-se. Se por um lado, sua descendência destaca-se por empreendedores
como Jabal e Jubal, por outro, é corrompida por homens devassos e violentos
como Lameque. Primeiro bígamo da história, este viria a se notabilizar também
por haver assassinado futilmente duas pessoas. E, para comemorar o feito,
compôs um poema.
Os pecados de Caim e Lameque
alastraram-se de tal maneira que viriam a depravar, inclusive, a linhagem
piedosa de Sete.
Vivemos dias semelhantes. A devassidão e
a violência nunca foram tão exaltadas. Esta geração existe como se não houvesse
Deus. Entretanto, perto está o dia do juízo sobre os praticantes da iniquidade.
Lameque é o mais perfeito símbolo da
depravação total daquele período.
I - UM MUNDO AINDA MARAVILHOSO
Apesar da Queda, o mundo antediluviano
era farto e pródigo. Sua ecologia era perfeita; sua tecnologia, considerável.
1.
Fartura de pão. A Terra, embora amaldiçoada, era fértil e
nada retinha à primeira civilização. Todos comiam e bebiam à vontade (Mt
24.38,39). O pão não precisava ser racionado, o azeite era abundante e o vinho
escorria dos lagares.
Tem-se a impressão de que as pessoas
daquela época viviam em permanente festança. Ninguém era capaz de reconhecer
que do Senhor é a Terra e a sua plenitude (Sl 24.1).
2.
Saúde perfeita. Tais facilidades propiciaram aos
antediluvianos uma saúde perfeita. Não era incomum encontrar pessoas de quase
mil anos (Gn 5.27). Na genealogia de Adão, deparamo-nos com homens mais velhos
que muitos dos países do mundo.
Imaginemos a folha corrida de um pecador
de 900 anos. Nove séculos de completa depravação. Quantos roubos, assassinatos,
adultérios, mentiras e intolerâncias. Aos olhos do santo Deus, era algo
abominável.
3.
Beleza perfeita. Se a saúde era perfeita, a beleza daquela
geração era singular, haja vista a formosura das filhas de Lameque. Não demorou
para que viessem a encantar os filhos de Sete (Gn 6.1,2). Imitando a bigamia de
Lameque, estes homens, outrora tão piedosos, tornaram-se polígamos
incorrigíveis.
Com tanta comida e bebida, por que não
viver em prazeres? Já que a vida era contada em séculos, ninguém haveria de
morrer amanhã. Sua filosofia não era apenas a busca pelo prazer, mas também
diabolicamente libertina. Aquela geração não possuía qualquer referência moral
ou ética.
4.
Tecnologia avançada. O mundo de Lameque podia ostentar um
surpreendente avanço tecnológico. Adão ainda vivia quando Tubalcaim começou a
dedicar-se à metalurgia. Este foi um homem, filho de Lameque e de Zilá, se
tornou conhecido pela sua habilidade em lidar com o cobre e o ferro (Gn 4.22)
Além da metalurgia, aquela geração sabia
como trabalhar a madeira e a cerâmica. O próprio Noé, aliás, não teve
dificuldades técnicas em construir a Arca, nem os seus descendentes, após o
Dilúvio, viram-se impedidos de erguer a Torre de Babel.
II -
UM MUNDO TOTALMENTE DEPRAVADO
O mundo de Lameque era ingrato e cruel.
Voltando-se contra o Senhor, seus descendentes cometeram os pecados mais
hediondos e abomináveis.
1.
Devassidão sexual. O exemplo de Lameque logo viria a
replicar-se por toda a descendência de Adão. A família tradicional foi se
degenerando. Os pecados sexuais, agora, eram cometidos como se nada fosse
proibido; não havia limites à fornicação nem ao adultério.
Até os mesmos descendentes de Sete
portaram-se levianamente em meio àquela imoralidade crassa e gritante;
corromperam-se até o inferno. Relata o autor sagrado: "Viram os filhos de
Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de
todas as que escolheram" (Gn 6.2).
2.
Violência sem limites. Os excessos daquela gente redundaram numa
geração truculenta e implacável. Os assassinos eram cultuados como heróis:
"Havia, naqueles dias, gigantes na terra; e também depois, quando os
filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram
os valentes que houve na antiguidade, os varões de fama" (Gn 6.4).
O que dizer do nosso tempo? Embora não
sejamos tão fortes, nem tão longevos, em nada diferençamo-nos dos filhos de
Lameque. Nunca o homem fez-se tão imoral quanto hoje.
3.
Resistência à graça divina. Por muito tempo, o Espírito de Deus
instou junto àquela geração para que se convertesse e deixasse seus maus
caminhos. Chegou, porém, o dia em que Deus deu um basta em tudo aquilo.
Declarou o Senhor: "Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem,
porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos"
(Gn 6.3).
A graça de Deus, ainda que perfeita e
infalível, pode ser resistida, haja vista a geração que saíra do Egito rumo a
Canaã. Não obstante os milagres que presenciara, endureceu o seu coração de tal
forma, que veio a ser rejeitada pelo Senhor (Hb 3.8). Isso significa que, mesmo
hoje, há crentes que reagem contrariamente à graça divina (Hb 3.15). Sim,
apesar de saber que o juízo divino é certo.
III
- UM MUNDO CONDENADO À DESTRUIÇÃO
Noé pregou aos seus contemporâneos
durante muito tempo. Mesmo assim, a sua geração não se curvou aos apelos
divinos. Que diferença dos ninivitas, que deram ouvidos à pregação de Jonas (Jn
3.10).
1. A
pregação de Noé. Apresentado como pregador da justiça, Noé
cumpriu um longo e penoso ministério (2 Pe 2.5). Enquanto se dava à construção
da arca, conclamava seus contemporâneos ao arrependimento (1 Pe 3.20). Se
levarmos em conta Gênesis 6.3, concluiremos que o seu ofício de pregoeiro teve
a duração de 120 anos. Sem dúvida, foi o mais longo ministério profético da
Bíblia.
Ele pregava com a voz e com as obras. A
construção da arca, em si, já era uma pregação carregada de eloquência.
2.
Uma geração corrompida. Apesar das instâncias de Noé, seus
contemporâneos corrompiam-se de tal forma, que se tornaram totalmente
depravados. Ao Senhor, portanto, não restava outra alternativa a não ser
destruir toda aquela civilização: "O fim de toda carne é vindo perante a
minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a
terra" (Gn 6.13).
A geração atual assemelha-se à de Noé.
Apesar da pregação do Evangelho, a iniquidade multiplica-se de tal modo que
chega a contaminar, inclusive, o amor dos fiéis (Mt 24.12). Comem, bebem e
entregam-se à sensualidade, como se não houvesse Deus.
CONCLUSÃO
À semelhança de Noé, proclamemos a
Palavra de Deus a tempo e a fora de tempo; esta é a nossa missão. Se nos
conformarmos com o mundo, que esperança haverá aos que ainda anseiam pelo
Evangelho?
Levantemo-nos como pregoeiros da
justiça. Ainda que soframos zombarias e escárnios, nossa missão não ficará
inacabada.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. O COMEÇO DE TODAS AS COISAS, Estudos sobre o livro de Gênesis. Lição
06 – O impiedoso mundo de Lameque. I – Um mundo ainda maravilhoso. 1. Fartura
de pão. 2. Saúde perfeita. 3. Beleza perfeita. 4. Tecnologia avançada. II – Um
mundo totalmente depravado. 1. Devassidão sexual. 2. Violência sem limites. 3. Resistência
à graça divina. III – Um mundo condenado à destruição. 1. A pregação de Noé. 2.
Uma geração corrompida. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 4° Trimestre de 2015.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 84070979 (Oi) e 63 –
81264038 (Tim), pregação e ensino.
Lindo trabalho. Parabens! E um ponto de apoio excelente gostei' estava precisando voce é d++++
ResponderExcluirLindo trabalho. Parabens! E um ponto de apoio excelente gostei' estava precisando voce é d++++
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