LIÇÃO
08 - O PODER DE JESUS SOBRE A NATUREZA E OS DEMÔNIOS
TEXTO
ÁUREO
"E disse-lhes: Onde está a vossa
fé? E eles, temendo, maravilharam-se, dizendo uns aos outros: Quem é este, que
até aos ventos e à água manda, e lhe obedecem?" (Lc 8.25)
VERDADE
PRÁTICA
Ao mostrarem o poder de Jesus sobre as
forças naturais e sobrenaturais, as Escrituras sublinham sua natureza divina e
identidade messiânica.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos os relatos que
mostram o poder de Jesus sobre as forças da natureza e, também, sobre os
demônios. Até aqui os discípulos já tinham visto Jesus curando doentes e
libertando pessoas oprimidas pelo Diabo. Todavia, eles ainda não haviam visto o
Mestre dominando as forças da natureza, nem tampouco alguém que andava nu e
vivia nos sepulcros ser devolvido ao seu convívio familiar.
Estes fatos ocorreram quando Jesus
acalmou uma tempestade e libertou o endemoninhado gadareno. Em ambos os
relatos, vemos as manifestações do poder e da misericórdia de nosso Senhor, que
sempre procurou o bem do homem, nem que para isso fosse necessário repreender
as leis físicas do Universo ou quebrar o poder de Satanás.
I -
JESUS E AS FORÇAS SOBRENATURAIS
1.
Poder sobre a natureza. Até este ponto, Lucas já havia
mostrado Jesus exercendo poder sobre demônios e enfermidades (Lc 4.31-44).
Agora, ele o mostra exercendo o seu poder sobre as forças da natureza (Lc
8.23-25).
A tempestade surge, aqui, como uma força
impessoal revelando que a harmonia original da criação se perdeu. Nesse
momento, ela se levanta como uma força poderosa que precisa ser detida. Ao
receber a voz de comando do Filho de Deus, as forças descontroladas da natureza
param. Jesus põe ordem no caos. A cena foi tão dramática para os discípulos,
que arrancou deles a pergunta: "Quem é este que até aos ventos e a água
manda?"
2.
Poder sobre os demônios. Se a natureza é uma força impessoal, o
mesmo não pode se dizer do Diabo. A Bíblia mostra que ele é um ser pessoal,
isto é, dotado de personalidade. Jesus e seus discípulos tiveram que
enfrentá-lo muitas vezes. Ainda quando descrevia o relato da tentação de
Cristo, Lucas informa que Satanás ausentou-se de Jesus "por algum tempo"
(Lc 4.13). Jesus derrotou o Diabo na tentação do deserto, mas depois disso teve
outros embates com ele. De fato, a Escritura registra vários casos de pessoas
oprimidas e possessas de demônios que tiveram um encontro com Jesus e seus
discípulos (Lc 4.33-37,41; 6.18; 7.21; 8.27; 9.39; 10.17-19; 11.14; 13.11). Em
todos os casos, tais pessoas foram libertas e Satanás derrotado.
II -
JESUS E A REALIDADE DOS DEMÔNIOS
1.
Uma realidade bíblica. A Bíblia desconhece a ideia de um Diabo
mitológico ou que é um produto da cultura humana. Nas Escrituras, Satanás e
seus demônios são mostrados como seres reais. Uma das mais poderosas armas
usadas pelo Diabo é tentar mostrar que ele não existe. A Bíblia, no entanto,
trata Satanás e seus demônios como seres dotados de pessoalidade. O próprio
Cristo enfrentou pessoalmente Satanás no deserto e o derrotou (Lc 4.1-13).
Jesus também revelou que o Diabo possui um reino e que trabalha de forma
organizada (Lc 11.18). Tal reino é tão "organizado" que o apóstolo
Paulo mostra que esse reino maligno está organizado de forma hierárquica (Ef
6.10-12).
2.
Uma realidade experimental. Na Palestina do primeiro século, a
presença de pessoas oprimidas ou possuídas por demônios era uma realidade do
dia a dia. No Evangelho de Lucas, encontramos dezenas de textos mostrando essa
verdade (Lc 4.41; 6.18). Lucas diz que
Jesus curou muitos de moléstias (Lc 7.21). Além disso, registra ainda
que Jesus repreendeu espíritos imundos (Lc 9.42); e que via a queda de Satanás
em cada demônio que era expulso (Lc 10. 17,18). À luz da Bíblia, não há, pois,
como negar a realidade dos demônios.
III
- JESUS E A OBRA DOS DEMÔNIOS
1.
Jesus e a oposição dos demônios. O caso da libertação do
endemoninhado, que ocorre logo após Jesus acalmar a tempestade, é um dos muitos
relatos que mostra como os demônios entraram em rota de colisão com Jesus:
"Que tenho eu contigo Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me
atormentes" (Lc 8.28), disse o espírito maligno. Isso era esperado que
acontecesse por causa da própria natureza da missão de Jesus, que é destruir as
obras do Diabo (1 Jo 3.8). Essa missão também foi confiada aos seus discípulos
(Mt 10.1; Lc 9.1) e posteriormente posta em prática por sua igreja (At 5.16;
8.6,7).
2.
Jesus e a libertação de endemoninhados. Quando questionado sobre
ter curado no sábado uma mulher com um espírito de enfermidade, Jesus
respondeu: "E não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta
filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás mantinha presa?" (Lc
13.16). O verbo grego traduzido como "libertar" é luo, e significa,
nesse contexto, "livrar de laços", "desamarrar",
"tornar livre". Jesus veio para libertar os cativos do Diabo. Essa
libertação é, também, tida como uma cura ou livramento do poder do mal (Lc
6.18). A palavra "curados" traduz o grego therapeuo, de onde vem o
vocábulo português terapia, e significa "sarar", "curar",
"restaurar a saúde". Ao libertar dos demônios, Jesus trata, também,
de todos os efeitos colaterais (Lc 10.19).
CONCLUSÃO
Quer as forças descontroladas sejam
pessoais ou impessoais, Jesus possui poder sobre todas elas. Em um mundo que
nos parece inóspito, onde forças sobrenaturais se mostram maiores do que nós,
temos a confiança que Deus está no controle de tudo.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. JESUS, O HOMEM PERFEITO, O Evangelho
de Lucas, o médico amado. Lição 08 – O poder de Jesus sobre a natureza e os
demônios. I – Jesus e as forças sobrenaturais. 1. Poder sobre a natureza. 2. Poder
sobre os demônios. II – Jesus e a realidade dos demônios. 1. Uma realidade
bíblica. 2. Uma realidade experimental. III – Jesus e a obra dos demônios. 1. Jesus
e a oposição dos demônios. 2. Jesus e a libertação de endemoninhados. Editora CPAD.
Rio de Janeiro – RJ. 2° Trimestre de 2015.
Elaboração
dos slides: Pastor, Ismael Pereira de Oliveira
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