LIÇÃO
11 – O JULGAMENTO E A SOBERANIA PERTENCEM A DEUS
TEXTO
ÁUREO
"Há só um Legislador e um Juiz, que
pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?" (Tg 4.12).
VERDADE
PRÁTICA
Não podemos estar na posição de juízes
contra as pessoas, pois somente Deus é o Justo Juiz.
A lição dessa semana é a continuação dos
conselhos práticos de Tiago aos seus leitores. Os assuntos com maior destaque
são a "relação social entre os irmãos" e o "planejamento da
vida". Aprenderemos que, uma vez nascidos de novo, não podemos nos
relacionar de maneira conflituosa com os outros. Outro aspecto importante que
estudaremos é que o planejamento da nossa vida tem de estar de acordo com a
soberana vontade de Deus - único legislador e juiz da vida. Ele é quem sempre
terá a última palavra.
1. A
ofensa gratuita. Não há postura mais problemática em uma
igreja local quanto a do "disse-me-disse". Infelizmente, tal
comportamento parece ser uma questão cultural. Algumas pessoas parecem ter
satisfação em destilar palavras que machucam. O que ganham com isso? Um
ambiente incendiado por insinuações maldosas, onde elas mesmas passam a maior
parte das suas vidas sofrendo e levando outros a sofrerem. Assim, Tiago inicia
a segunda seção bíblica do capítulo quatro abordando o relacionamento
interpessoal entre os crentes (v.11). Devemos evitar as ofensas e as agressões
gratuitas, pois o "irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma
cidade forte; e as contendas são como ferrolhos de um palácio" (Pv 18.19).
As ofensas só trazem angústias, tristezas e desgraças.
2.
Falar mal dos outros e ser juiz da lei (Tg 4.11). O
pecado de falar mal do outro foi por Tiago tratado com clareza ainda no versículo
11. Quem empresta os seus lábios para caluniar e emitir falso testemunho, além
de estar pecando, coloca-se como o juiz do outro, mas não cumpridor da lei.
Nós, servos de Cristo, fomos chamados para ser discípulos, não juízes. Quem
busca estabelecer condições para amar o próximo não pode ser discípulo de Jesus
de Nazaré. Já imaginou se hoje, Deus, o nosso Pai, tratasse-nos numa posição de
Juiz? Provavelmente estaríamos perdidos!
3. O
autêntico Legislador e Juiz pode salvar e destruir (Tg 4.12). Com
o objetivo de demonstrar o porquê de não podermos nos colocar como juizes dos
outros, o texto bíblico recorda do quanto somos pecadores e declara que há
apenas um Legislador (criador das leis) e Juiz (apto para julgar a todos)
(v.12). Apenas o Criador tem o poder de salvar e destruir. Portanto, antes de
emitir uma palavra de julgamento contra uma pessoa, responda a esta questão:
"Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?"
1.
Planos meramente humanos (Tg 4.13). É comum algumas vezes
falarmos "daqui tantos anos vou fazer isso", "em 2018 eu farei
aquilo" etc. É verdade que precisamos planejar a vida. Entretanto, todo
planejamento deve ser feito com a sabedoria do alto. Isto é uma dádiva de Deus.
Todavia, infelizmente nos acostumamos à mera rotina e tendemos a planejarmos o
futuro sem ao menos nos lembrarmos de que Deus, o autor da vida, tem de ser
consultado, pois tudo o que temos é fruto da sua bondade e misericórdia.
2. A
incerteza e a brevidade da vida (Tg 4.14). "A vida é um
vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece". Eis uma séria
advertência de Tiago para nós! O ser humano muitas vezes se esquece da sua real
condição. Fazemos os planos para amanhã ou depois, mas ninguém tem a certeza do
futuro que lhe espera. A nossa vida é breve, passa como a fumaça. Lembre-se de
que a nossa existência terrena é passageira e que, por isso, devemos viver a
vida segundo a vontade de Deus, esperança nossa.
3. O
modo bíblico de abordar o futuro (Tg 4.15). Após compreendermos
que a existência humana é finita e Deus é o infinito Absoluto, o versículo 15
nos ensina a ter um estilo de vida diferente. A consciência da nossa limitação,
bem como da transitoriedade e a brevidade da vida, deve incidir sobre o nosso
modo de viver ao mesmo tempo em que deve servir como ponto de partida para
confiarmos ao Senhor todos os nossos planos. Só com essa consciência,
buscaremos realizar a vontade de Deus que é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2).
Portanto, agiremos assim: "Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto
ou não". Tal postura não é falta de fé, ao contrário, é fé na Palavra de
Deus.
1.
Gloriar-se nas presunções (Tg 4.16a). Pensar que podemos
controlar a nossa vida é de uma presunção orgulhosa que afronta o próprio Deus.
Nós somos as criaturas e Deus, o Criador. Infelizmente, muitos fazem os seus
planos desprezando o Senhor como se fosse possível deixá-lo fora do curso da
nossa vida. Não sejamos presunçosos e arrogantes! Reconheçamos as nossas
fragilidades, pois somos pó e cinza (Gn 18.27; Jó 30.19). Mas Deus, o nosso
Pai, é tudo em todos por Cristo Jesus, o nosso Senhor (Cl 3.11).
2. A
malignidade do orgulho das presunções (Tg 4.16b). A
gravidade da presunção e da arrogância humana pode ser comprovada na segunda
parte do versículo dezesseis: "toda glória tal como esta é maligna".
O livro de Ezequiel conta-nos a história do rei de Tiro. Ali, a malignidade, a
arrogância e o orgulho humano levaram um poderoso rei a perder tudo o que
tinha. Ele era poderoso em sabedoria e entendimento, acumulando para si
riquezas e poder. Mas seu coração tornou-se arrogante, enchendo o interior de
violência, iniquidades, injustiças do comércio e profanação dos santuários (Ez
28.4,5,16,18). Em pouco tempo o seu fabuloso império desmoronou. Não há ser
humano no mundo que resista às tentações da arrogância, do poder e do orgulho.
Triste é o final de quem se entrega à malignidade do orgulho das presunções
humanas.
3.
Faça o bem (v.17). Fazer o bem é uma afirmação da Epístola de
Tiago que lembra as suas primeiras recomendações de não sermos apenas ouvintes,
mas praticantes da Palavra (Tg 1.22-25). Ora, se nós ouvimos, entendemos, compreendemos
e podemos fazer o que deve ser feito, mas não o fazemos, estamos em pecado.
Deus condena o pecado de omissão! Não sejamos omissos quanto àquilo que podemos
e devemos fazer! Como discípulos de Cristo não podemos recuar. Antes, temos de
perseverar em perseguir o alvo que nos foi proposto até o fim (Fp 3.14).
Vimos nesta lição as duras advertências
de Tiago. Infelizmente, as transgressões descritas na epístola são quase que
naturais na atualidade. Não são poucos os que difamam, caluniam e falam mal do
próximo. Comportam-se como os verdadeiros juízes, ignorando que com a mesma
medida com que medem os outros, eles mesmos serão medidos (Mc 4.24). Vimos
também que ainda que façamos os melhores planos para a nossa vida, devemos nos
lembrar de que a vontade de Deus é sempre o melhor. Que aprendamos com Tiago a
perdoar ao outro e submetermo-nos à vontade do Pai.
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qualidades dos slides, sugerimos alterar o tamanho do seu slide no PowerPoint
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Referência
Revista
Lições Bíblicas. FÉ E OBRAS, Ensinos de Tiago para uma vida cristã
autêntica. Lição 11 – O julgamento e a soberania pertencem a Deus. I – O
perigo de colocar-se como juiz. 1. A ofensa gratuita 2. Falar mal dos outros e
ser juiz da lei. 3. O autêntico legislador e juiz pode salvar e destruir. II – A
brevidade da vida e a necessidade do reconhecimento da soberania divina. 1. Planos
meramente humanos. 2. A incerteza e a brevidade da vida. 3. O modo bíblico de
abordar o futuro. III – Os pecados da arrogância e da autossuficiência do ser
humano. 1. Gloriar-se nas presunções. 2. A malignidade do orgulho das
presunções. 3. Faça o bem. Conclusão. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 3°
Trimestre de 2014.
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