LIÇÃO
08 - O INÍCIO DO GOVERNO HUMANO
TEXTO
ÁUREO
"Toda alma esteja sujeita às
autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as
autoridades que há foram ordenadas por Deus." (Rm 13.1)
VERDADE
PRÁTICA
Deus instituiu autoridades e leis, a fim
de preservar a sociedade humana de uma depravação total e irreversível.
INTRODUÇÃO
Deus fez chover sobre a terra por
quarenta dias e quarenta noites. As águas caíram e brotaram em tal quantidade,
que vieram a prevalecer por quase um ano. Veio a perecer, assim, toda a
primeira civilização humana. Enquanto isso, Noé e sua família, na grande arca,
vagavam sobre as águas que, dia a dia, iam diminuindo até que o chão enxuto
apareceu.
Já fora do grande barco, os
sobreviventes empreendem uma nova obra civilizatória. E, para tanto, o
patriarca recebe instruções específicas do Senhor, a fim de que ele e seus
filhos cumpram-lhe fielmente a vontade: edificar uma sociedade baseada no amor
a Deus e ao próximo. Uma sociedade que, distanciando-se daquela região,
alcançasse os confins da terra.
Tinha início, naquele momento, o governo
humano, que haveria de perdurar, apesar de tantos dramas e tragédias, até nossos
dias.
I
UM NOVO COMEÇO
Noé e sua família permanecem a bordo da
arca por quase um ano (Gn 7.11; 8.13). Ao deixarem a embarcação,
conscientizam-se de que, de agora em diante, terão de se deparar com uma
realidade inteiramente nova.
1.
Um novo relacionamento com a natureza. Se até aquele momento o
homem havia convivido harmonicamente com a criação, a partir de agora, esse
relacionamento será bastante traumático. Alerta o Senhor que os animais, por
exemplo, terão medo e pavor do ser humano (Gn 9.2). Para combatê-los, haveriam
de surgir grandes caçadores como Ninrode (Gn 10.9).
A natureza deveria ser domada a duras
penas, a fim de que o habitat dos filhos de Noé se fizesse sustentável. Sobre o
assunto, declara o apóstolo Paulo: "Porque sabemos que toda a criação, a
um só tempo, geme e suporta angústias até agora" (Rm 8.22 - ARA). No
Milênio, porém, tal situação será revertida (Is 11.6). Por enquanto, todos
jazemos sob um pesado cativeiro.
2.
Uma nova dieta. Se antes do Dilúvio todos dispunham de uma
dieta vegetal rica e farta, agora teriam de complementá-la com nutrientes
animais. Todavia, deveriam abster-se do sangue (Gn 9.4). Semelhante
recomendação fariam os apóstolos em Jerusalém (At 15.19,20).
3. A
bênção divina. Reconstruir a sociedade humana era tarefa
nada fácil. Noé e sua família teriam de recomeçar um processo civilizatório
que, por causa da grande inundação, perdera quase dois mil anos de invenções,
descobertas e avanços tecnológicos.
Nessa empreitada, o patriarca e seus
filhos necessitariam da plenitude da bênção divina. Bem-aventurando-os,
ordena-lhes o Senhor: "Mas vós, frutificai e multiplicai-vos; povoai
abundantemente a terra e multiplicai-vos nela" (Gn 9.7). Não demoraria
muito, conforme veremos nas próximas lições, para que o homem voltasse a
progredir e a ocupar os mais remotos continentes.
II -
O ARCO DE DEUS
Antes do Dilúvio, não havia chuva. Um
vapor regava a terra. A partir de agora, porém, haveria de cair regularmente
sobre a terra, como sinal da bênção divina (Mt 5.45). A pergunta, todavia, era
inevitável: "E se viesse outro dilúvio?".
1.
Um novo pacto com a humanidade. Visando acalmar-lhes o
espírito, promete-lhes o Senhor: o mundo não voltará a ser destruído por uma
nova inundação. Sem essa promessa, a descendência de Noé teria desperdiçado
seus esforços na construção de arcas, torres e barragens.
Em sua misericórdia, o Senhor promete:
"E eu convosco estabeleço o meu concerto, que não será mais destruída toda
carne pelas águas do dilúvio e que não haverá mais dilúvio para destruir a
terra" (Gn 9.11).
2. O
sinal do pacto noético. A fim de que a humanidade se lembrasse
da misericórdia de Deus, após cada chuva, o Senhor torna-lhes bem visível o seu
pacto: "O meu arco tenho posto na nuvem; este será por sinal do concerto
entre mim e a terra. E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra,
aparecerá o arco nas nuvens" (Gn 9.13,14).
O arco de Deus, seria um fenômeno tão
novo como a chuva regular. Vendo-o a cada chuvarada, os descendentes de Noé
poderiam repousar nos cuidados divinos.
III
- O PRINCÍPIO DO GOVERNO HUMANO
Uma nova civilização estava prestes a
recomeçar. Mas, para que alcançasse plenamente os seus objetivos, era imperioso
que ela se formasse sob o império das leis. Por esse motivo, Deus institui o
governo humano.
1. O
governo humano. Teologicamente, o governo humano é a
instituição estabelecida por Deus, logo após o Dilúvio, através da qual o
Senhor delega ao homem não somente a governança do planeta, como também a
administração da justiça (Rm 13.1). Essa instituição, sem a qual a civilização
humana seria inviável, pode ser sumariada nesta única sentença divina:
"Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado;
porque Deus fez o homem conforme a sua imagem" (Gn 9.6).
O Senhor Jesus, ao ratificar esse
princípio, foi enfático ao realçar o lado benevolente e amoroso que deveria
reger o governo humano: "Portanto, tudo o que vós quereis que os homens
vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas" (Mt 7.12).
2. O
aperfeiçoamento do governo humano. Israel teve em vários
períodos de sua história, alguns governos que chegaram a ser perfeitos. Haja
vista o reinado de Ezequias (2 Cr 29.1,2). Aliás, esses homens procuraram
cumprir a Lei de Moisés, porque sabiam que nenhum reino poderá ser construído
anarquicamente.
Dessa forma, Noé e seus descendentes,
sob as novas regras baixadas pelo Senhor, puderam dar continuidade a história
humana, apesar das lacunas deixadas pelo Dilúvio.
CONCLUSÃO
O governo humano é uma instituição
divina. Foi deixado pelo Senhor, objetivando levar a civilização a cumprir os
seus objetivos, até que o seu Reino seja instaurado entre nós através de Jesus
Cristo, seu Filho.
Enquanto isso, todos somos exortados a
obedecer aos mandatários e governantes, desde que estes não baixem leis que
contrariem a Palavra de Deus, que está acima de todas as legislações humanas.
Por isso, eis o nosso texto áureo: " Mais importa obedecer a Deus do que
aos homens" (At 5.29).
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Referências
Revista Lições Bíblicas. O COMEÇO DE TODAS AS COISAS, Estudos sobre o livro de Gênesis. Lição 08
– O início do governo humano. I – Um novo começo. 1. Um relacionamento com a
natureza. 2. Uma nova dieta. 3. A bênção divina. II – O arco de Deus. 1. Um
novo pacto com a humanidade. 2. O sinal do pacto noético. III – O princípio do
governo humano. 1. O governo humano. 2. O aperfeiçoamento do governo humano. Editora
CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 4° Trimestre de 2015.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 84070979 (Oi) e 63 –
81264038 (Tim), pregação e ensino.