LIÇÃO 02 - O EVANGELHO DA GRAÇA
TEXTO
ÁUREO
"[...] contanto que cumpra com
alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar
testemunho do evangelho da graça de Deus." (At 20.24)
VERDADE
PRÁTICA
O evangelho da graça de Deus é por
excelência o evangelho da libertação do homem através do sacrifício salvífico
de Jesus Cristo.
INTRODUÇÃO
Ao se despedir dos anciãos de Éfeso,
Paulo expressou seu sentimento de preocupação com o rebanho de Deus, pois tinha
receio de que na sua ausência as ovelhas do Senhor fossem atacadas (At
20.29,30). Sem dúvida, foi um sentimento dado pelo Senhor, pois sete anos
depois, Paulo estava deixando Timóteo em Éfeso, para combater os "lobos
cruéis", que queriam "devorar" o rebanho sob seus cuidados
pastorais. Nos dias de hoje, há igrejas que abrigam falsos obreiros, que
pervertem a sã doutrina matando ou dispersando as ovelhas.
I -
AS FALSAS DOUTRINAS CORROMPEM O EVANGELHO DA GRAÇA
1. O
evangelho da graça. É o Evangelho libertador que Cristo trouxe
ao mundo, por bondade de Deus, independente das obras humanas (Ef 2.8,9). Paulo
se referiu a esse Evangelho de maneira muito eloquente (At 20.24). Ele conhecia
esse Evangelho, não apenas na teoria, mas por experiência própria. De modo
inexplicável, o blasfemo e perseguidor dos cristãos, foi escolhido para ser um
dos maiores pregadores do Evangelho de Cristo (1 Tm 1.12-14). Será que daríamos
oportunidade a um indivíduo com tal histórico?
2.
As falsas doutrinas (v.3). Os falsos mestres seriam presbíteros, a
quem cabia a tarefa de ministrar o ensino à igreja (1 Tm 5.17; 3.2). As falsas
doutrinas eram apresentadas como "fábulas ou genealogias
intermináveis" (1.4). As "fábulas" (gr. mythoi) eram narrativas
imaginárias, lendas, ficção. Na literatura, têm seu lugar. Mas, na Igreja, não
deve haver espaço para fábulas ou mitos. No texto, não fica claro qual o
conteúdo das "genealogias", mas, ao lado das fábulas, eram ensinos
que traziam especulações e controvérsias inúteis que não edificavam os irmãos
em nada. Timóteo foi o mensageiro, enviado por Paulo, para enfrentar e combater
tais ensinos. Há igrejas evangélicas que aceitam esse tipo de ensino e permitem
que o emocionalismo tome lugar do verdadeiro avivamento espiritual.
3. O
"fim do mandamento" e a finalidade da Lei.
Paulo chamou a atenção de Timóteo, seu enviado a Éfeso, para a doutrina de Deus
e de Cristo, a que ele resumiu no "mandamento", e sua finalidade (1
Tm 1.5,6). Em seguida, Paulo ensina acerca do objetivo da Lei, e para quem ela
se destinava, discriminando, no texto, uma longa lista de tipos de pessoas
ímpias que eram alvo dos preceitos legais (1 Tm 1.9-11).
II -
A GRAÇA SUPERABUNDOU COM A FÉ E O AMOR
1.
Gratidão a Deus. Uma das características marcantes do
caráter de Paulo é o ser grato a Deus (Rm 7.25; 1 Co 1.4; 14.18; 2 Tm 1.3).
Nesta parte da Epístola, ele expressa sua gratidão a Cristo por tê-lo escolhido
e posto no ministério apostólico e pastoral, apesar de ter sido um terrível
opositor do Evangelho de Jesus (1 Tm 1.12,13). É mais uma demonstração do que o
"evangelho da graça de Deus" pode fazer na vida de um homem. Deus tem
seus santos caminhos. O evangelho é a expressão do amor de Deus, em Cristo
Jesus, que alcança um homem no mais baixo nível de pecado e o faz uma
"nova criatura" (2 Co 5.17), e mais, ainda, o faz parte da
"família de Deus" (Ef 2.19). Paulo reconhece que "[...] a graça
de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Jesus Cristo" (1
Tm 1.14). Foi Jesus quem o salvou e o
transformou mediante sua graça.
2.
Humildade. Paulo não era mais um novo convertido ou neófito quando
escreveu suas cartas a Timóteo. Ele não estava usando de falsa modéstia quando
declarou ser o principal pecador que Jesus veio salvar (1 Tm 1.15). Paulo tinha
convicção de que fora salvo pela graça, e não por seus méritos. Mesmo na
condição de salvo, o crente deve saber que não merecíamos o dom (presente) da
salvação.
Como salvos em Jesus Cristo, não temos
mais prazer no pecado. Aquele que ainda tem prazer no pecado, não experimentou
o novo nascimento: "Qualquer que é nascido de Deus não vive na prática do
pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode viver pecando, porque é
nascido de Deus" (1 Jo 3.9).
III
- UM CONVITE A COMBATER O BOM COMBATE (vv. 18-20)
1. A
boa milícia. Depois de orientar Timóteo sobre a difícil
missão de combater as heresias, na igreja de Éfeso, Paulo dá uma palavra de
ânimo, encorajamento e incentivo ao jovem pastor. Como um verdadeiro "pai
na fé", o apóstolo diz: "Este mandamento te dou, meu filho Timóteo,
que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa
milícia" (1Tm 1.18). Paulo lembra a Timóteo que seu ministério foi
confirmado por profecia. Deduz-se, do texto, que as profecias eram tão
consistentes, que Timóteo deveria militar "a boa milícia", ou o bom
combate, com base naquilo que Deus lhe havia falado (1 Tm 1.18).
2. A
rejeição da fé e suas consequências (1 Tm 1.5).
Quem rejeita "a fé não fingida" e a "boa consciência"
cristã colhe os resultados de sua má escolha. O resultado é o "naufrágio
na fé". Paulo toma como exemplo Himeneu e Alexandre, obreiros que entraram
por esse caminho. Quanto a Himeneu, sua postura é tão terrível que ele é citado
em 2 Timóteo 2.17. Seu nome deriva de Himen, "deus do casamento", na
mitologia grega. Não se sabe ao certo qual "doutrina" falsa ele
semeava. Estudiosos dizem que ambos eram representantes do gnosticismo no meio
da igreja de Éfeso. Com relação a Alexandre, aliado de Himeneu na semeadura das
falsas doutrinas, era tão pernicioso, que Paulo o considera desviado ou
"naufragado" na fé. Sua influência era tão maliciosa que Paulo os
entregou "a Satanás, para que aprendam a não blasfemar" (1 Tm 1.20).
Que o Senhor livre sua Igreja dos falsos mestres.
CONCLUSÃO
O cristianismo nasceu debaixo de
perseguição e confronto com heresias e ensinos desvirtuados. Na consolidação de
igrejas abertas em suas viagens missionárias, Paulo teve que oferecer
resistência e ação decidida contra os "lobos vorazes", que haveriam
de surgir, até mesmo no seio das igrejas, como no caso da igreja de Éfeso. Com
a graça de Deus e o apoio de homens fiéis, como Timóteo e Tito, o apóstolo Paulo
fez frente aos falsos mestres que se levantaram para prejudicar o trabalho
iniciado e desenvolvido em muitas igrejas cristãs.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. A IGREJA E O SEU TESTEMUNHO, As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais.
Lição 02 – O evangelho da Graça. I – As falsas doutrinas corrompem o Evangelho
da Graça. 1. O Evangelho da Graça. 2. As falsas doutrinas. 3. O “fim do
mandamento” e a finalidade da Lei. II – A Graça superabundou com a fé e o amor.
1. Gratidão a Deus. 2. Humildade. III – Um convite a combater o bom combate. 1.
A boa milícia. 2. A rejeição da fé e suas consequências. Editora CPAD. Rio de
Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2015.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 84070979 (Oi) e 63 –
81264038 (Tim), pregação e ensino.