1.
Contexto histórico. O livro não menciona diretamente o reinado
em que Malaquias exerceu seu ministério. Também não informa o nome do seu pai,
nem o seu local de nascimento. Isso é observável também nos livros de Obadias e
Habacuque. Não obstante, há evidências internas que permitem identificar o
contexto político, religioso e social do livro em apreço.
a) O governador de Judá. Jerusalém era governada por um pehah, palavra de origem acádica traduzida por “príncipe” na ARC (Almeida Revista e Corrigida), ou “governador”, na ARA e TB (1.8). O termo indica um governador persa e é aplicado a Neemias (Ne 5.14). O seu equivalente na língua persa é tirshata (“tirsata, governador”, cf. Ed 2.63; Ne 7.65; 8.9; 10.1). A profecia mostra que o templo de Jerusalém já havia sido reconstruído e a prática dos sacrifícios, retomada (1.7-10).
b) A indiferença religiosa. As
principais denúncias de Malaquias são contra a lassidão e o afrouxamento moral
dos levitas (1.6); o divórcio e o casamento com mulheres estrangeiras
(2.10-16); e o descuido com os dízimos (3.7-12). Tudo isso aponta para o
período em que Neemias ausentou-se de Jerusalém (Ne 13.4-13,23-28). O primeiro
período de seu governo deu-se entre os anos 20 e 32 do rei Artaxerxes (Ne 5.14)
e equivale a 445-433 a.C.
2.
Vida pessoal de Malaquias. A expressão “pelo ministério de
Malaquias” (1.1) é tudo o que sabemos sobre sua vida pessoal. A forma hebraica
do seu nome é mal’achi, que significa “meu mensageiro”. A Septuaginta traduz
por angelo sou (“seu mensageiro, seu anjo”). O termo é ambíguo, pois pode
referir-se a um nome próprio ou a um título (3.1). No entanto, entendemos que
Malaquias é o nome do profeta, uma vez que nenhum livro dos doze profetas
menores é anônimo. Por que com Malaquias seria diferente?
3.
Estrutura e mensagem. A profecia começa com a palavra hebraica
massa — “peso, sentença pesada, oráculo, pronunciamento, profecia” (1.1; Hc
1.1; Zc 9.1; 12.1). O discurso é um sermão contínuo com perguntas retóricas que
formam uma só unidade literária. São três os seus capítulos na Bíblia Hebraica,
pois seis versículos do capítulo quatro foram deslocados para o final do
capítulo três. O assunto do livro é a denúncia contra a formalidade religiosa:
prática generalizada com os fariseus e escribas na época do ministério terreno
de Jesus (Mt 23.2-7).
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Referência
bibliográfica
Revista Lições Bíblicas. OS DOZES PROFETAS MENORES, Advertências e Consolações para a
Santificação da Igreja de Cristo. Lição 13 – Malaquias – A sacralidade
da família. I O livro de Malaquias. 1. Contexto histórico. A) O governador de
Judá. B) A indiferença religiosa. 2. Vida pessoal de Malaquias. 3. Estrutura e
mensagem. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 4° Trimestre de 2012.