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20 fevereiro 2012

LIÇÃO 09 – DÍZIMOS E OFERTAS / I – DÍZIMOS E OFERTAS NA BÍBLIA



[1] “1. O Antigo Testamento. O vocábulo dízimo quer dizer “a décima parte”. No contexto bíblico, refere-se àquilo que é devolvido ao Senhor, quer em dinheiro, quer em produtos e bens (Pv 3.9). Já a oferta tem o sentido de contribuição voluntária. O que deve ficar claro é que a lei mosaica não criou as práticas do dízimo ou das ofertas, mas apenas deu-lhes conteúdo e forma através das diversas normas ou leis que as regulamentaram. Tal verdade fica patente ao constatar que o ofertar já era uma prática observada nos dias de Abel (Gn 4.4), e que o dízimo já era praticado pelos patriarcas (Gn 14.20; 28.22).
No período mosaico, o dízimo aparece como preceito de um princípio já existente no período patriarcal. Os preceitos mudam e até desaparecem, todavia, os princípios são imutáveis e permanentes. De acordo com a Lei de Moisés, os dízimos deveriam ser entregues aos sacerdotes para a manutenção do culto e também para o sustento dos levitas já que estes não tinham possessão em Israel (Nm 18.20-32).”

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A paz do Senhor amados professores e alunos da EBD.

Nesta lição estudaremos alguns aspectos muito importante sobre os dízimos e as ofertas. Logo na introdução o pastor José Gonçalves ressalta "As distorções provenientes da Teologia da Prosperidade comprometem as práticas bíblicas de o crente ofertar e dizimar para a Obra do Senhor." Em relação a essa afirmação há tantos exemplos que fica difícil enumerar todas as distorções pregadas hoje pelos teólogos da prosperidade. Mas, uma delas já foi estudada na lição anterior, querer barganhar com Deus (veja o slide de conclusão desta lição). Pois, um dos maiores erros que se pode cometer nesse aspecto que estamos estudando, é dizimar ou ofertar como se estivesse fazendo um negócio com Deus, é como se estivesse fazendo um contrato com Deus, eu dou 10% e o Senhor me dá 100 vezes mais. Após eu ter dizimado ou ofertado, sinto-me no direito de cobrar de Deus o retorno do meu investimento, que aliás, deve ser muitas vezes maior do que a minha contribuição.

Vejamos o sentido original de dizimar e ofertar, "os dízimos deveriam ser entregues aos sacerdotes para a manutenção do culto e também para o sustento dos levitas já que estes não tinham possessão em Israel" (Nm 18.20-32). Deus separou os levitas para o serviço exclusivo da Casa do Senhor, os levitas cuidariam das coisas de Deus e o Senhor cuidaria deles suprindo as suas necessidades. Por isso, os demais israelitas deveriam sustentar os que estavam exclusivamente a serviço da Casa do Senhor contribuindo com a décima parte das suas rendas, em contrapartida, Deus também se preocupou com os que iriam contribuir, e prometeu abençoar-lhes de tal modo que essa parte que estaria sendo dizimada não iria lhes fazer falta. "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes." (Ml 3.10). Observe, Deus se preocupou com o todo, com aqueles que iriam servi-lhe continuamente e com aqueles que estariam contribuindo com a manutenção da Casa do Senhor, os cuidados de Deus alcançou a todos.

Observe bem os seguintes versículos, "Eis que eu te tenho dado a guarda das minhas ofertas alçadas, com todas as coisas santas dos filhos de Israel" (Nm 18.8)  "E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança" (Nm 18.21). Veja como Deus se refere aos dízimos e ofertas nesses textos, "minhas ofertas" "tenho dado todos os dízimos". Observe que Deus não está dizendo que vai instituir em Israel ofertas para os levitas, ou que dará ordem para que os israelitas entreguem a décima parte das suas rendas a partir da separação da tribo de Levi. Dizimar e ofertar ao Senhor já existia, Deus apenas destina para os sacerdotes e levitas o que já era instituído antes de Israel existir. A prova disso é que Abraão entregou o seu dízimo a Melquisedeque "E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo." (Gn 14.20). 

Outro ponto muito importante a ser observado é que os dízimos e as ofertas são destinados para Deus, veja outra vez como Deus diz "minhas ofertas". Amados, Deus não disse que a partir da separação da tribo de Levi não receberia mais os dízimos e ofertas, portanto, quem oferta ou quem dizima faz isso diretamente para Deus, é uma forma de adoração ao Criador do Céus e da Terra, Abel  já entendiam isso (no livro de Gênesis) e oferecia a Deus o melhor que produzia. A ordem nunca foi alterada, sempre entregamos os dízimos e ofertas a Deus, e o Senhor por sua bondade entrega aos seus sacerdotes e levitas. 

Há muitos cristãos deixando de ofertar e dizimar porque estão com uma visão errada sobre esse princípio divino, estão pensando que o líder religioso da sua Igreja administra mal, ou que está só enriquecendo o pastor, etc. Corrija essa visão distorcida hoje para não perderes a oportunidade de adorar a Deus como Abel, Abraão e tantos outros grandes homens de Deus, pois essa visão tão materialista e simplória é a visão que os não cristãos tem sobre a Igreja e seus membros. Nós devemos conhecer a verdade para que ela nos liberte desses conceitos e preconceitos mundanos.

Observe agora a grandeza de Deus. Se o Senhor destina bênçãos sem medida sobre a vida dos que contribuem com alegria, o que seria daqueles que não possuem salário? Coitados, perderiam a oportunidade de adorar com suas rendas e serem mais abençoados por Deus. Mas, é nessas horas que percebemos mais uma vez a grandeza de Deus. Amados, podemos entregar a Deus o dízimo quer em dinheiro, quer em produtos e bens, tudo o que nos servir de renda ou mantimento é por Deus recebido da mesma forma, veja esses versículos, "Todo o melhor do azeite, e todo o melhor do mosto e do grão, as suas primícias que derem ao SENHOR, as tenho dado a ti [...] Os primeiros frutos de tudo que houver na terra, que trouxerem ao SENHOR, serão teus [...] Tudo que abrir a madre, e toda a carne que trouxerem ao SENHOR, tanto de homens como de animais, será teu" (Nm 18:12-15). Além de receber segundo a possessão de cada um, Deus ainda avalia outro aspecto muito importante, a intensão do coração, a alegria de contribuir voluntariamente. "E, olhando Ele, viu os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro; E viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas; E disse: Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva" (Lc 21.1-3).

Alguns podem fazer milhares de questionamentos quando o assunto é dízimos e ofertas, podem dizer que na sua igreja o pastor não presta conta dos dízimos, que o líder da igreja está usando todo o dinheiro para comprar o melhor carro, a melhor casa, a melhor fazenda, que a igreja é mantida pelas ofertas, porque não se sabe para onde vai os dízimos, que é dizimista de muitos anos, mas quando precisou de um auxílio do igreja para comprar uma passagem ou comprar um remédio ou comprar alimentos, não recebeu auxílio algum da sua igreja, que os dízimos hoje estão sendo usados como parâmetros para consagrações, quanto maior o dízimo mais fácil ser consagrado, ou que o tratamento dispensado pela liderança aos membros é de acordo com o rendimento da pessoa, ou que o irmão fulano recebe mais oportunidade na igreja porque você acha que o pastor tem medo dele mudar para outra igreja e perder o seu dízimo, ou que o pastor nunca te visitou porque o seu dízimo é pequeno. Enfim, há milhares de questionamentos que se pode fazer relacionado a esse assunto. Portanto, quero antecipar a minha resposta, a minha visão sobre o assunto. Todos esses questionamentos ainda existem porque estamos vendo o ato de dizimar e ofertar de forma errada. Mais um vez eu chamo a atenção para o texto Sagrado, nos versículos citados no parágrafo anterior aparecem várias vezes a expressão "que trouxerem ao SENHOR, serão teus", essa é ordem que permanece até hoje, eu entrego ao Senhor, e o nosso Deus entrega aos seus sacerdotes. Agora pergunto; os líderes (pastores) estão recebendo o dízimo de mim ou do Senhor? Os pastores terão que prestar conta pra mim ou para o Senhor? Se você conseguiu entender isso, então não há mais questionamentos, eu e você temos uma relação direta com Deus, e digo mais, o Senhor não manda fazer prova do pastor, manda fazer prova dELE "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos" (Ml 3.10). Você pode acrescentar, "mas, parece que o Senhor não está vendo tudo isso!!!" eu respondo, "será?" veja, "Assim, não levareis sobre vós o pecado, quando deles oferecerdes o melhor; e não profanareis as coisas santas dos filhos de Israel, para que não morrais." (Nm 18.32). A justiça de Deus não é a minha e nem a sua justiça, pense nisto.

Não perca o teu relacionamento com Deus por causa dos homens, não perca a oportunidade de adorar a Deus com as tuas primícias, não perca a oportunidade de ser mais abençoado por Deus contribuindo com alegria na Casa do Senhor.

Tenham todos uma semana cheia de muitas bênçãos de Deus!
Um grande abraço fraterno!
Pb. Ismael Pereira de Oliveira

[1] “2. O Novo Testamento. Os que supõem estar a prática do dízimo restrita ao Antigo Testamento precisam entender que a natureza e os fundamentos do culto não mudaram. Mudou apenas a forma e a liturgia, mas não a sua função: a adoração a Deus deve ser em espírito e verdade! O culto levítico com seus rituais já não existe. Todavia, o princípio da adoração continua o mesmo (1 Pe 2.9; Ap 1.6). O dízimo levítico pertencia à ordem de Arão, que era transitória. Todavia, o dízimo cristão pertence à ordem de Melquisedeque que é eterna e, portanto, anterior à Lei de Moisés (Hb 5.10; 7.1-10; Sl 110.4).
Jesus não veio ab-rogar a lei, mas cumpri-la (Mt 5.17). Ele não apenas reconheceu a observância da prática do dízimo, mas a recomendou (Mt 23.23). Nas epístolas, Paulo faz referência ao dízimo levítico para extrair dele o princípio de que o obreiro é digno do seu salário (1 Co 9.9-14; Lv 6.16,26; Dt 18.1). Se o apóstolo não reconhecesse a legitimidade da prática do dízimo, jamais teria usado esses textos do Antigo Testamento.”


[1] Revista Lições Bíblicas. A verdadeira prosperidade, a vida cristã abundante. Lição 09 – Dízimos e ofertas. I – Dízimos e ofertas na Bíblia. 1. O Antigo Testamento. 2. O Novo Testamento. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 1° Trimestre de 2012.

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8 comentários:

  1. Gostei muito deste site, das aulas, das ilustrações, gostaria de parabenizar o autor do site pela iniciativa. Deus o abençoe sempre!

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  2. gostei muito pois me fez entender muitas coisas na qual questionava dentro da congreção de Deus
    pois sermos fieis a Deus não pelo compromisso mas pela fé seguindo o exemplo de Abrão nosso pai na Fé

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  3. Hilário Nogueira de Sousa Filho21 de setembro de 2017 às 09:24

    Muito bom esse comentário. Foi bastante esclarecedor, fato este, que cada vez mais fundamenta para mim a necessidade de ser grato e louvar a Deus, com os dízimos e ofertas para a Obra do Senhor. Deus seja louvado.

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  4. porque nao se estuda o que esta escrito em deuteronomio 14 sobre a lei do dizimo

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  5. Nunca foi e nunca será dinheiro!!!
    Sempre foi (no passado) alimentos e não dinheiro!
    Eu não sei de onde esses pastores de meia tigela tiraram que era dinheiro.
    Há mais de 1.900 anos que não se dá mais os dízimos..desde de a destruição do templo no ano 70dc.

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  6. Um monte de pessoas comentam sobre o dizimo, mas se não acha correto porque tanta ira sera que é zelo mesmo, Mt 23:23.

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  7. Oferta da escola dominical qual seu uso?

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  8. Oferta da escola dominical qual seu uso?é pra revistas ou outro recurso?

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