LIÇÃO
9 – ELIAS NO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO
TEXTO
ÁUREO
"E [Jesus]
transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas
vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e
Elias, falando com ele"
(Mt 17.2,3).
VERDADE
PRÁTICA
O aparecimento de Moisés e
Elias no Monte da Transfiguração é um testemunho de que a Lei e os Profetas
cumprem-se em Cristo, o Messias prometido.
INTRODUÇÃO
O relato sobre a
transfiguração, conforme narrado nos evangelhos sinóticos, é um dos mais
emblemáticos do Novo Testamento (Mt 17.1-13; Mc 9.2-8; Lc 9.28-36). Além do
nome de Moisés, o texto coloca em evidência também o de Elias. Entretanto,
diferentemente dos outros textos até aqui estudados, o profeta não aparece aqui
como a figura central, mas secundária! O
centro é deslocado do profeta de Tisbe para o Profeta de Nazaré, Jesus. E não
mais Elias. Moisés, Pedro, Tiago e João, também nominados nesse texto, aparecem
como figurantes numa cena onde Cristo, o Messias prometido, é a figura
principal.
I
- ELIAS, O MESSIAS E A TRANSFIGURAÇÃO
1.
Transfiguração. O texto sagrado relata que tão logo subiram
ao Monte, Jesus foi transfigurado diante de Pedro, João e Tiago. Diz o texto
sagrado: "o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se
tornaram brancas como a luz" (Mt 17.2).A palavra transfigurar, que traduz
o termo grego metamorfose, mantém o sentido de mudança de aparência, ou forma,
mas não mudança de essência. A transfiguração mostrou aos discípulos aquilo que
Jesus sempre fora: o verbo divino encarnado (Jo 1.1; 17.1-5). Os discípulos
observaram que o seu rosto brilhou como o sol (Mt 17.2). O texto revela também
que suas vestes resplandeceram (Mt 17.2). Esses fatos põem em evidência a
identidade do Messias, o Filho de Deus.
2.
Glória divina. Mateus detalha que durante a transfiguração
"uma nuvem luminosa os cobriu" (Mt 17.5). É relevante o fato de que
Mateus, ao escrever o evangelho aos hebreus, põe em evidência o fato de que
Jesus é o Messias anunciado no Antigo Testamento. Isso pode ser visto na
manifestação da nuvem luminosa, que está relacionada com a manifestação da
presença de Deus (Êx 14.19,20; 24.15-17; 1 Rs 8.10,11; Ez 1.4; 10.4). Tanto
Moisés como Elias, quando estiveram no Sinai, presenciaram a manifestação dessa
glória. Todavia, não como os discípulos a vivenciaram no Monte da
Transfiguração (Mt 17.1,2).
1.
Tipologia. No evento da transfiguração, o texto destaca os nomes
de Moisés e Elias (Mt 17.3). Para a Igreja Cristã, Moisés prefigura a Lei
enquanto Elias, os profetas. É perceptível, nessa passagem, que Moisés aparece
como figura tipológica. Mateus põe em evidência o pronunciamento do próprio
Deus: "Escutai-o" (Mt 17.5). E Moisés havia dito exatamente estas
palavras quando se referia ao Profeta que viria depois dele: "O SENHOR,
teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a
ele ouvireis" (Dt 18.15). A transfiguração revela que Moisés tem seu tipo
revelado em Jesus de Nazaré e que toda a Lei apontava para Ele.
2.
Escatologia. Enquanto Moisés ocupa um papel tipológico
no evento da transfiguração, Elias aparece em um contexto escatológico. O texto
de Malaquias 4.5,6 apresenta Elias como o precursor do Messias. O Novo
Testamento aplica a João Batista o cumprimento dessa Escritura: "E irá
adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter o coração dos pais
aos filhos e os rebeldes, à prudência dos justos, com o fim de preparar ao
Senhor um povo bem disposto" (Lc 1.17). Assim como Elias, João foi um
profeta de confronto (Mt 3.7), ousado (Lc 3. 1-14) e rejeitado (Mt 11.18). A
presença do Batista, o Elias que havia de vir, era uma clara demonstração da
messianidade de Jesus.
1.
O Messias esperado. Tanto os rabinos como o povo comum sabiam
que antes do advento do Messias, Elias haveria de aparecer (Ml 4.5,6; Mt
17.10). O relato de Mateus sugere que os escribas não reconheceram a Jesus como
o Messias, porque faltava um sinal que para eles era determinante - o
aparecimento de Elias antes da manifestação do Messias (Mt 17.10). Como Jesus poderia ser o Messias se Elias
ainda não havia vindo? Jesus revela então que nenhum evento no programa profético
deixara de ter o seu cumprimento. Elias já viera e os fatos demonstravam isso.
Elias havia sido um profeta do deserto, João também o foi; Elias pregou em um
período de transição, João prega na
transição entre as duas alianças; Elias confrontou reis (1 Rs 17.1,2; 2 Rs
1.1-4), João da mesma forma (Mt 14.1-4). Mais uma vez fica claro: João era o
Elias que havia de vir e Jesus era o Messias.
2.
O Messias rejeitado. O texto de Mateus 17.1-8, que narra o
episódio da transfiguração, inicia-se com a sentença: "Seis dias
depois" (Mt 17.1). O texto coloca a transfiguração num contexto onde uma
sequência de fatos deve ser observada. Os eruditos ressaltam que "seis
dias" é uma outra forma de dizer: "uma semana depois". De fato,
o texto paralelo de Lucas fala de "quase oito dias", isto é, uma
semana depois (Lc 9.28). O texto, portanto, põe o evento no contexto da
confissão de Pedro (Mt 16.13-20) e no discurso de Jesus sobre a necessidade de
se tomar a cruz (Mt 16.24-28). O Messias revelado, portanto, em nada se
assemelhava ao herói da crença popular. Pelo contrário, a sua mensagem, assim
como a do Batista, não agradaria a muita gente e provocaria rejeição.
1.
Humilhação. Os intérpretes destacam que havia uma preocupação dos
discípulos sobre a relação do aparecimento de Elias e a manifestação do
Messias. Esse fato é demonstrado na pergunta que eles fazem logo após descer o
monte da transfiguração (Mt 17.10). Como D. A. Carson observa, o fato é que a
profecia referente a Elias falava de "restaurar todas as coisas" (Mt
17.11) e os discípulos não entendiam como o Messias tão esperado pudesse morrer
em um contexto de restauração. Cristo corrige esse equivoco, mostrando que a
cruz faz parte do plano divino para restaurar todas as coisas (Mt 17.12; Lc
9.31; Fl 2.1-11).
2.
Exaltação. Muito tempo depois, o apóstolo Pedro ainda lembra dos
fatos ocorridos e os cita em relação à exaltação e glorificação de Jesus e,
também, como prova da veracidade da mensagem da cruz: "Porque não vos
fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo
fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade,
porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória
lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido"
(2 Pe 1.16,17).
CONCLUSÃO
Vimos, pois, que os eventos
ocorridos durante a Transfiguração servem para demonstrar que Jesus era de fato
o Messias esperado. Tanto a Lei, tipificada aqui em Moisés, como os Profetas,
representado no texto pela figura de Elias, apontavam para a revelação máxima
de Deus - o Cristo Jesus. Essas personagens tão importantes no contexto bíblico
não possuem glória própria, mas irradiam a glória proveniente do Filho de Deus.
Ele, sim, é o centro das Escrituras, do Universo e de todas as coisas (Cl
1.18,19; Hb 1.3; Fl 2.10,11).
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OBS: O
tamanho original de cada slide é 28x19, para manter as proporções e qualidades
dos slides sugerimos alterar o tamanho do seu slide no PowerPoint em “Design” e
depois “Configurar página”.
Referência
bibliográfica
Revista Lições Bíblicas. ELIAS E ELISEU, Um ministério de poder para toda a igreja. Lição 9 – Elias no
monte da transfiguração. Texto áureo. Verdade prática. Introdução. I – Elias, o
Messias e a transfiguração. 1. Transfiguração. 2. Glória divina. II – Elias, o
Messias e a restauração. 1. Tipologia. 2. Escatologia. III – Elias, o Messias e
a rejeição. 1. O Messias esperado. 2. O Messias rejeitado. IV – Elias, o
Messias e a exaltação. 1. Humilhação. 2. Exaltação. Conclusão. Editora CPAD.
Rio de Janeiro – RJ. 1° Trimestre de 2013.
Deus abençoe pelo auxilio para que nós os professores possamos passar de uma maneira visual e mais sólida.
ResponderExcluirAmém! Obrigado pela sua deferência ao nosso trabalho! Louvo a Deus pela vida de cada professor que tem se preocupado com a sua classe e busca levar sempre o melhor para sua sala de aula. Deus abençoe o seu ministério! Um forte abraço! Shalom Adonai!
ExcluirA paz do Senhor !
ResponderExcluirObrigado por nos premiar com slides tão maravilhosos !
Sempre orando por vós !
Pr Milton Souza ( A.Deus -Barra Mansa, R.J ) .
Meu amigo, pastor Milton Souza, Sou grato a Deus pela sua vida e ministério, por ter nos cercado de bons amigos e irmãos, que se preocupam e oram por nós! A palavra que veio ao meu coração para lhe dizer é essa: FAÇA TUDO O QUE TE VIER A MÃO PARA FAZER! Deus continue acrescentando o seu ministério! Saudações para os nossos amados irmãos em Barra Mansa - RJ. Um grande abraço meu amigo! Shalom Adonai!
ExcluirA paz do Senhor meu amado! Só tenho agradecer a Deus, por ter colocado em nosso caminho, pessoas como o senhor, para enriquecer ainda mais nossas escolas bíblicas, que nos últimos dias estão ficando escassez.
ResponderExcluirCleber Adorno, a Paz do Senhor! Amado irmão, nos perdoe por essa falha! Não tinha visto a publicação do seu comentário, mesmo com tanto tempo de atraso para responder, gostaria de lhe dizer que você é bem-vindo! Obrigado pela deferência a este site! Deus abençoe ricamente sua vida, sua família e seu ministério! Um grande abraço!!!
ExcluirEU amo aprender as coisas de DEUS pois antes eu cria mas nao buscava e gracas ao senhor e salvador jesus cristo ele me resgatou,das trevas, e hoje vivo na luz do envangelho de cristo.Que Deus abencoe voces todos irmos da fé. amei esse site.
ResponderExcluirAmém! Continue aprendendo e crescendo na presença de Deus, tenho certeza de que você nunca vai se arrepender! Obrigado pela sua aprovação! Continue nos visitando e participando! Um grande abraço!
ExcluirAs imagens facilitam muito nosso aprendizado, Grato!!!
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