1.
Contexto histórico. Naum, à semelhança de outros profetas
menores, não possui biografia. Ele apresenta-se apenas como o “elcosita”. O
reinado no qual profetizou não é mencionado (v.1b). As escassas informações de
que dispomos ainda não são conclusivas. As opiniões dos eruditos são
divergentes. Elas variam entre o assédio de Jerusalém, em 701 a.C, por
Senaqueribe, rei da Assíria (2 Rs 18.13) até as reformas religiosas
protagonizadas por Josias, rei de Judá, em 621 a.C. (cf. 2 Rs 22.1-23.37; 2 Cr
34.1-35.27).
PARA VER MAIS FOTOS DE CAFARNAUM CLIQUE AQUI
a) Origem do profeta. Alguns estudiosos acreditam que “elcosita” (v.1c) refere-se a uma cidade da Assíria, situada a 38 quilômetros de Nínive, em Al-kush, ao norte do atual Mossul, Iraque. Tal informação é a menos provável, visto que, desde a antiguidade, a cidade de Cafarnaum — na Galileia, casa de Jesus (Mt 9.1; Mc 2.1), cujo nome significa “aldeia de Naum” — é apontada como local de nascimento do profeta.
b) Período aceitável. Em 612
a.C. a cidade de Nínive foi destruída. A profecia menciona também o
desmoronamento de Nô-Amon como fato comprovado historicamente (3.8-10). O rei
assírio, Assurbanípal, destruiu a cidade egípcia de Nô em 663 a.C. De acordo
com essas informações, podemos considerar 663 a 612 a.C. como um período
histórico significativo para situarmos o ministério profético de Naum.
c) Nínive (v.1). Nínive era
a antiga capital do império assírio. Suas ruínas estão localizadas ao norte do
Iraque. É uma das cidades pós-diluvianas fundada por Ninrode, descendente de
Cuxe (Gn 10.8-11), por volta de 4500 a.C. — tornando-se proeminente antes de
2000 a.C. O rei assírio, Senaqueribe (705 - 681 a.C), fortificou a cidade,
garantindo assim o apogeu da capital assíria.
O Senhor refere-se a ela
como a “grande cidade” (Jn 1.2; 3.2). A crueldade do povo ninivita era
indescritível e essa foi a fama que os acompanhou durante toda a história.
2.
Estrutura. O “Livro da visão de Naum” (v.1b) consiste em três
breves capítulos. O capítulo 1 divide-se em duas partes principais: a primeira
é um salmo de louvor a Jeová (vv.2-8); a segunda, num estilo poético, anuncia o
castigo dos seus inimigos (vv.9-14), sendo que o versículo 15 é parte do
capítulo 2 na Bíblia Hebraica. O segundo capítulo anuncia o assédio e a
destruição de Nínive. E o terceiro o “boletim de ocorrência” dos motivos de sua
queda.
3.
Mensagem. O tema do livro é a “queda de Nínive”. A expressão
“peso de Nínive” (v.1a) proclama o início de sua ruína. O substantivo hebraico
para “peso” é massa que significa “carga, fardo, sofrimento” (Êx 23.5; Nm
11.11,17) bem como “sentença pesada, oráculo, pronunciamento, profecia” (Hc
1.1; Zc 9.1; 12.1). Ela aponta para a proclamação de um desastre (Is 14.28;
23.1; 30.6).
_________________________
OBS: O
tamanho original de cada slide é 28x19, para manter as proporções e qualidades
dos slides sugerimos alterar o tamanho do seu slide no PowerPoint em “Design” e
depois “Configurar página”.
Referência
bibliográfica
Revista Lições Bíblicas. OS DOZES PROFETAS MENORES, Advertências e Consolações para a
Santificação da Igreja de Cristo. Lição 08 – Naum – O limite da
tolerância divina. I O livro de Naum. 1. Contexto histórico. 2. Estrutura. 3.
Mensagem. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 4° Trimestre de 2012.
Comente com o Facebook: